Tuesday 10 December 2013

A Alegria do Evangelho - A Família

No caso da família, a fragilidade dos vínculos reveste-se de especial gravidade, porque se trata da célula básica da sociedade, o espaço onde se aprende a conviver na diferença e a pertencer aos outros e onde os pais transmitem a fé aos seus filhos. O matrimónio tende a ser visto como mera forma de gratificação afectiva, que se pode constituir de qualquer maneira e modificar-se de acordo com a sensibilidade de cada um. Mas a contribuição indispensável do matrimónio à sociedade supera o nível da afectividade e o das necessidades ocasionais do casal. Como ensinam os Bispos franceses, não provém «do sentimento amoroso, efémero por definição, mas da profundidade do compromisso assumido pelos esposos que aceitam entrar numa união de vida total». (#66)
Esta passagem não merece grandes comentários em relação ao seu conteúdo, que me parece excelente e muito claro.

O timing é muito importante, porque esta é uma batalha que decorre actualmente e que está a ser perdida em larga escala em todo o mundo, salvo uma ou outra vitória pontual em países como a Croácia, por exemplo.

Achei interessante, também, o Papa citar os bispos franceses. De todos os países em que o “casamento” entre pessoas do mesmo sexo foi aprovado, porquê os franceses? É que ainda por cima a frase não é propriamente revolucionária... Não nos esqueçamos que apesar de esta invenção ter sido aprovada em França, e apesar do anticlericalismo que sempre associamos aos gauleses, aquele foi o país em que mais duramente se lutou contra a medida. Manifestações de milhões de pessoas na rua, tomadas de posição fimes, marchas pelo casamento tradicional lideradas por pessoas assumidamente homossexuais e contra o chamado “casamento” homossexual... uma postura às vezes estranhamente combativa. Compara-se com a passividade do que se passou em Portugal e noutros estados europeus... estará o Papa a dar-nos um recado? É especulação, mas a citação está lá.

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